Você com certeza já se deparou com alguns rótulos de risco pelas estradas brasileiras. Mas você conhece o significado e a importância de cada um deles? Não? Então continue com a gente para descobrir!
Milhares de caminhoneiros viajam pelas estradas brasileiras diariamente transportando substâncias perigosas, mas o que fazer caso algum acidente ocorra? Como identificar a substância em questão? Pensando nessa e em todas as outras adversidades, é que o rótulo de risco foi criado.
Os rótulos de risco servem para identificar produtos perigosos por meio da simbologia, assim, tornando-o de linguagem universal. Esses rótulos de risco são representados na forma de um losango, que dentro possui símbolos/pictogramas que ajudam na identificação da substância em qualquer lugar do mundo.
Essa forma de identificação é normatizada pela ABNT NBR 7500 – Identificação para o Transporte, Manuseio, Movimentação e Armazenamento de Produtos. Ela regulamenta a simbologia para os veículos e equipamentos, embalagens e volumes, para indicar o risco e os cuidados que se deve ter durante o transporte, manuseio, armazenamento ou movimentação.
A importância dos rótulos de risco
Por se tratar de substâncias perigosas e com altos riscos para a população em geral, a ABNT NBR 7500 exige que esses veículos possuam esses rótulos. Ela serve não só para indicar que é uma substância perigosa, mas também para indicar de que tipo ela é.
Em caso de algum imprevisto ou acidente acontecer, as autoridades responsáveis saberão com qual material estão lidando. Se é inflamável, corrosivo, pode entrar em contato com a água ou não e etc.
Os símbolos que orientam o transporte de produtos perigosos precisam ser ricos em informações e também compreendidos pelos profissionais do ramo. O conhecimento dos rótulos de risco é fundamental para a segurança dos motoristas, do meio ambiente e da população em geral.
Os condutores que realizam esse tipo de transporte, normalmente portadores da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria B, C, D e E, precisam passar por um curso específico para compreender essa norma. O curso para Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos é oferecido gratuitamente para os trabalhadores do setor em todas as unidades do SEST/SENAT do país.
Além disso, todo condutor precisa ter em mãos uma ficha de emergência, que é um documento de porte obrigatório e deve estar dentro do envelope de transporte e ao alcance do motorista. Essa ficha explica detalhadamente a carga, indica as instruções de uso de EPIs (Equipamentos Individuais de Segurança) e quais as autoridades e pessoas que devem ser acionadas em caso de emergência.
Entenda a classificação dos rótulos de risco e seu significado
Agora que você já sabe um pouco mais sobre a importância dos rótulos de risco, vamos entender como funciona essa classificação. Quanto mais alta a classe, maior o risco que aquela substância proporciona.
Basicamente, os rótulos de risco mostram 3 informações essenciais: o símbolo, o nome e a classe de risco. Ele deve estar fixado na traseira e nas laterais do veículo, de forma visível e dentro dos padrões.
O símbolo mais conhecido e também o que mais chama a atenção é o da caveira, mas existem dezenas de outros símbolos, como veremos a seguir.
Classe 1 – Explosivos
A primeira classe de rótulos de risco identifica os explosivos e são representados com o losango na cor laranja e a numeração correspondente a sua subclasse.
Suas subclasses são dividas em:
- Subclasse 1 Substâncias e artefatos com risco de explosão em massa;
- Subclasse 1.2 Substâncias e artefatos com risco de projeção;
- Subclasse 1.3 Substâncias e artefatos com risco predominante de fogo;
- Subclasse 1.4 Substâncias e artefatos que não representam risco significativo;
- Subclasse 1.5 Substâncias pouco sensíveis;
- Subclasse 1.6 Substâncias extremamente insensíveis.
Classe 2 – Gases
A segunda classe de rótulos de risco identifica os gases, que podem ser representados com o losango nas cores vermelha, verde e branco com a indicação do gás escrita.
As subclasses da classe 2 são:
- Subclasse 2.1 Gases inflamáveis;
- Subclasse 2.2. Gases comprimidos não-tóxicos e não-inflamáveis;
- Oxigênio
- Nitrogênio
- Subclasse 2.3 Gases tóxicos.
- Amônia
- Sulfato de hidrogênio
- Cloro
Classe 3 – Líquidos inflamáveis
A terceira classe identifica os líquidos inflamáveis. Ela não possui subclasses e é representada por um losango vermelho escrito em preto. Alguns líquidos inflamáveis são:
- Solvente
- Benzeno
- Gasolina
Classe 4 – Sólidos Inflamáveis
A quarta classe representa os sólidos inflamáveis com a cor vermelha e branca misturadas ou azul e possui subclasses. Ela é dividida em 3 subclasses com os seguintes materiais:
- Subclasse 4.1Sólidos inflamáveis;
- Borneol
- Palha ou feno
- Subclasse 4.2 Substâncias passíveis de combustão espontânea;
- Zircônio em pó
- Carvão de origem vegetal ou animal
- Subclasse 4.3 Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis.
- Magnésio em pó
- Silicato de cálcio
- Zinco em pó
Classe 5 – Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos
Apesar do nome estranho, não é muito difícil de entender o que são as substâncias da classe 5.
As substâncias oxidantes são substâncias que ao oxidar, ou seja, produzir oxigênio, podem acabar contribuindo para a combustão de outro material. Já os peróxidos orgânicos, que podem sofrer decomposição auto-acelerada porque são termicamente instáveis.
As subclasses dessa classe são:
- Subclasse 5.1 Substâncias Oxidantes;
- Cloreto de Magnésio
- Bromato de Sódio
- Nitrato de potássio
- Nitrato de amônio
- Subclasse 5.2 Peróxidos Orgânicos.
- Derivados de peróxido de hidrogênio
Classe 6 – Substâncias Tóxicas e Substâncias Infectantes
Os rótulos de risco da classe 6 é representado por um losango nas cores preta e branca.
Suas subclasses e produtos são:
- Subclasse 6.1 Substâncias Tóxicas;
- Gás lacrimogêneo
- Arsênio
- Mercúrio composto
- Subclasse 6.2 Substâncias Infectantes.
- Vírus
- Fungos
- Bactérias
Classe 7 – Materiais Radioativos
A classe 7 representa os materiais que são radioativos e podem ser eles:
- Rádio (Ra)
- Césio (Cs)
- Plutônio (Pu)
- Polônio (Po)
Classe 8 – Substâncias Corrosivas
A classe 8 de substâncias corrosivas é representada por um losango preto e branco. Entre as substâncias consideradas corrosivas estão:
- Ácido clorídrico;
- Ácido sulfúrico;
- Ácido nítrico;
- Hidróxido de potássio;
- Hidróxido de sódio (soda cáustica).
Classe 9 – Substâncias e Artigos Perigosos Diversos
A classe 9, como o nome diz, engloba materiais diversos com potencial risco de causar danos à saúde e ao meio ambiente, mas que não se encaixam em nenhuma outra categoria acima. Entre os materiais que fazem parte desta classe estão:
- Bateria de lítio;
- Capacitores;
- Microorganismos geneticamente modificados (MOGMs) e organismos geneticamente modificados (OGMs)
- Substâncias que desprendem vapores inflamáveis;
- Substâncias que danificam o meio ambiente;
- Entre outras.
Como visto acima, o sistema de classificação de rótulos de risco é muito importante devido às substâncias que são transportadas, a maioria delas extremamente perigosas. Por isso, é preciso que os materiais das placas de identificação sejam bastante resistentes.
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