Etiquetas RFID: entenda o que é, para que serve e como aplicar na sua empresa

Etiquetas RFID: entenda o que é, para que serve e como aplicar na sua empresa

Você sabia que as etiquetas RFID são grandes aliadas para o processo logístico? Isso mesmo. Com elas é possível armazenar todas as informações do seu produto em um só lugar, permitindo o acesso, aonde quer que você esteja! As etiquetas RFID contam com uma tecnologia que chegou para revolucionar o mercado. Ficou curioso? Então continue lendo este conteúdo!

Afinal, o que são etiquetas RFID?

Radio Frequency Identification, em português Identificação por radiofrequência, ou RFID, como é mais conhecido, é uma forma de reconhecimento de dados via sinal de rádio, que tem a capacidade de rastrear e armazenar informações de um determinado produto à distância. 

Essa tecnologia tem se tornado muito interessante para diversos setores, inclusive na gestão de estoque, já que a etiqueta RFID abre um leque de possibilidades no que diz respeito à rastreabilidade e armazenamento de dados.

História: como surgiu a etiqueta RFID?

Assim como muitas das tecnologias atuais, as etiquetas RFID têm origem no período das grandes guerras mundiais, mais especificamente em 1935. Foi nesta época que um físico escocês, Sir Robert Alexander Watson-Watt descobriu a função dos radares que seriam utilizados nos anos seguintes pelos ingleses, alemães, americanos e japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. 

Esses radares tinham como função avisar a localização de aviões quando eles ainda se encontravam distantes, mas havia um grande problema para identificar se esses aviões faziam parte das frotas aliadas ou inimigas, resultando em muitas mortes equivocadas.

Diante dessa situação, o exército alemão começou a perceber que caso seus pilotos girassem os aviões quando estivessem a caminho da base, essa manobra conseguiria alterar o sinal de rádio emitido ao radar. Essa pequena manobra para alterar o sinal possibilitou que os técnicos responsáveis conseguissem identificar se a aeronave em questão fazia parte ou não da frota alemã.

Junto a sua equipe, o físico escocês, conseguiu desenvolver um projeto secreto denominado IFF – Identify Friend or Foe (Identificador de amigo ou inimigo). Como o nome do projeto já diz, ele tinha a função de identificar as aeronaves pertenciam ao exército inglês e aliados ou ao exército inimigo.

Esse foi o primeiro identificador de aeronaves que se tem notícia na história. Com esse projeto, cada aeronave inglesa recebeu um transmissor capaz de detectar sinais através das estações de radar em solo, que recebiam um sinal de resposta capaz de identificar a aeronave amiga.

Os radares da 2ª Guerra Mundial e as etiquetas RFID

Já nas décadas de 1950 e 1960, cientistas americanos, japoneses e europeus mostraram que através da radiofrequência, objetos poderiam ser identificados à distância. Foi através dessa tecnologia que as etiquetas de vigilância, tão comuns em lojas, foram desenvolvidas para ativar um alarme sonoro contra furtos, por exemplo.

Partindo do mesmo princípio dos radares utilizados durante a Segunda Guerra Mundial, as etiquetas RFID foram criadas. Assim como os radares, nelas um sinal é enviado para um transponder que recebe a radiofrequência e transmite as ondas com um sinal próprio.

Em 1980 o MIT (Massachusetts Institute of Technology) iniciou pesquisas para que as tecnologias baseadas em radiofrequência fossem aplicadas no rastreamento e localização de produtos. Assim, se originou o Código Eletrônico de Produtos ou EPC (Electronic Product Code), que conseguiu definir uma arquitetura padrão que conseguisse identificar produtos que utilizassem sinais de radiofrequência. Ao contrário do código de barras, que usa feixe de luz no processo de identificação, esse sistema utiliza radiofrequência e mostrou ter um grau maior de assertividade.

Etiqueta RFID e como ela revolucionou o mundo

A partir dessas descobertas do século passado, cientistas e empresas viram o quanto essa tecnologia era promissora e começaram a pesquisar a sua usabilidade. A tecnologia EPC desenvolvida pelo MIT mostrou ser possível agilizar processos, aumentar a disponibilização de informações e rastrear um produto individualmente durante toda a cadeia de suprimentos.

Com isso, a EPCglobal foi fundada, uma organização sem fins lucrativos que incentiva e administra pesquisas para a tecnologia RFID. Entre suas principais atuações, está a iniciativa para padronizar a etiquetas RFID no gerenciamento de cadeia de suprimentos. Ela cria padrões de protocolos de comunicação entre as etiquetas RFID, leitoras, computadores e internet a fim de obter uma comunicação globalizada e centralizada sobre determinado produto.

Etiquetas RFID e suas aplicações

Como visto acima, as etiquetas RFID permitem que informações de identificação sejam captadas e armazenadas por dispositivos capazes de emitir um sinal de radiofrequência para leitores que conseguem captar esse sinal e identificar esse número único de produto.

A etiqueta RFID pode ser aplicada em diversos segmentos, podendo ser mais ou menos úteis, de acordo com a área. O fato é que essa tecnologia não se limita a apenas uma identificação de produto como ocorre com o código de barras, ela pode ser útil para evitar roubos e furtos, gerenciamento de inventários, simplificação dos processos e para a maior eficiência no setor logístico.

Com o mundo cada vez mais conectado e tecnológico, é com certeza um modelo de etiqueta que veio para ficar e revolucionar o mercado. Vamos conhecer um pouco mais sobre os tipos de etiquetas RFID existentes.

Etiquetas passivas: 

Como o próprio nome já diz, esse tipo de etiqueta apenas recebe a ação. Aplicando na prática, as etiquetas passivas apenas emitem um sinal que pode ser captado pelo leitor de radiofrequência. Normalmente suas informações vêm gravadas de fábrica, emitindo apenas essa única informação.

Etiquetas ativas: 

Diferentemente da etiqueta passiva, ativa realiza a ação. São mais sofisticadas e por isso mais caras. Possui bateria própria que permite a transmissão do sinal a distâncias razoáveis. Também carregam uma pequena memória RAM capaz de armazenar informações e são produzidas para ter resistência a ambientes hostis.

Etiquetas semi-passivas:

As etiquetas RFID semi-passivas funcionam de forma parecida com as etiquetas passivas e ativas. Apesar de conter uma bateria, ela só é utilizada para alimentar os circuitos internos e não para criar um sinal de radiofrequência. Mas, ao mesmo tempo, depende do sinal presente nos leitores para se comunicar. 

Aplicações para etiqueta RFID

Na prática, tudo o que faz o uso do código de barras pode ser substituído pela etiqueta RFID, que aos poucos está ganhando espaço no mercado. Devido à variedade de aplicações possíveis para a etiqueta ela pode ser aplicada nos mais diferentes setores, mas possui muitas vantagens para alguns especificamente, como:

  • Gestão da cadeia logística;
  • Controle de documentos;
  • Controle de acesso;
  • Segurança e patrimônio;
  • Linhas de montagem industriais;
  • Identificação animal;
  • Rastreabilidade na origem de produtos;
  • Gestão de estoque;
  • Pagamento de pedágios.

É importante destacar que a aplicação das etiquetas RFID nesses setores dispensam grande parte do demorado trabalho manual que as áreas exigem, facilitando todo o processo e diminuindo os custos a longo prazo.

Vantagens e desvantagens da etiqueta RFID

A etiqueta RFID possui muitas vantagens, como você viu durante este artigo. Porém, assim como tudo, ela também possui algumas pequenas desvantagens que podem pesar na hora de optar ou não por esse sistema na sua empresa. Separamos algumas das principais vantagens e desvantagens para te ajudar a entender e decidir.

Vantagens

  • Não é necessário o contato visual próximo com a leitora, apenas o sinal de radiofrequência;
  • Leitura simultânea de etiquetas;
  • Rapidez para ler os produtos;
  • Alta capacidade de armazenamento. Hoje em dia, cada etiqueta RFID já é capaz armazenar 2 KB de dados, o suficiente para os dados básicos do produto;
  • Armazenamento, leitura, recepção e envio de dados;
  • Alta durabilidade das etiquetas
  • Grande possibilidade de reutilização
  • Diminuição de erros cometidos no serviço manual, como erro de estoque;
  • Informações precisas de forma rápida;
  • Armazenamento e processo de picking e packing agilizados;
  • Mais facilidade e precisão na separação de itens;
  • No setor de produtos, melhora no processo de reabastecimento e facilidade na eliminação de produtos fora da validade;
  • Previne roubo e falsificação de mercadorias;
  • Otimização dos processos logísticos e de gestão para que as empresas operem com mais agilidade e assertividade e menor custo.

Desvantagens

  • Custo elevado por etiqueta: como a tecnologia possui um valor um pouco mais elevado, é normalmente utilizada em produtos de maior valor agregado, já que atualmente é inviável para ser utilizada em determinados segmentos.
  • Dependendo do ambiente pode sofrer interferência que prejudicam o desempenho da etiqueta.
  • Elevado custo de implementação: a estrutura para a implementação de etiquetas RFID exige antenas, leitoras, sistemas de comunicação, filtragem de informação e armazenamento de dados.
  • Alcance das antenas: dependendo do alcance da antena, da frequência utilizada e da existência ou não de barreiras, a etiqueta pode sofrer algum tipo de interferência.

Como vimos, apesar das inúmeras vantagens que a etiqueta RFID carrega, as poucas, mas existentes desvantagens podem pesar muito na hora da escolha. Por isso, o ideal é avaliar o cenário e o mercado onde a sua empresa está inserida e fazer uma análise a fundo de quais vantagens e desvantagens a etiqueta traria, tanto em questões econômicas quanto em questões processuais. 

Apesar do elevado custo, muitas vezes, a longo prazo, esse se torna um excelente investimento que irá economizar gastos futuros. Caso você enxergue um grande potencial na empresa para a implementação da etiqueta RFID e não sabe por onde começar, não se preocupe que também separamos algumas dicas para te ajudar!

Código de barras e etiquetas RFID: quais as diferenças?

Apesar de serem considerados semelhantes, as etiquetas RFID e o código de barras possuem diferenças significativas. Entender quais são elas vai te ajudar a escolher a melhor tecnologia para a sua empresa. Vamos lá!

Códigos de barras

São códigos impressos nas superfícies de rótulos e etiquetas, aqueles utilizados em embalagens, por exemplo.  Para serem lidos, não pode existir nenhum tipo de barreira entre o código e o leitor. 

Só é possível ler um código de cada vez. Além disso, a leitura deve ser realizada a curta distância e com baixa velocidade, assim como nos supermercados. Outro detalhe é que os códigos de barras possuem uma vida útil mais curta devido ao desgaste. A vantagem é que eles permitem a digitalização, quando não é possível a leitura, já que os números são impressos nas etiquetas e rótulos.

Etiquetas RFID

Nas etiquetas RFID, os códigos ficam gravados em um chip. Assim, permitem que a leitura seja realizada sem a necessidade de contato com o objeto. Sua leitura pode ser feita em diversas superfícies, como plástico, madeira, papel ou tecido. 

A tecnologia utilizada para desenvolver as etiquetas RFID também permite que sejam lidas várias etiquetas de uma só vez, mesmo distante e com mais velocidade, aumentando a produtividade dos processos. 

Como a tecnologia RFID agiliza os processos logísticos?

A logística de um empresa é definida como o processo de recebimento, controle, estocagem e distribuição de produtos. 

Por necessitar de muita organização, atenção aos detalhes e controle, essa área (ou processo) precisa contar com sistemas que contribuam para as atividades da área e evitem o máximo possível de erros. 

Quando a tecnologia RFID é utilizada nesse processo, tudo fica mais otimizado, controlado, seguro e ágil. Assim, você garante que tudo estará sobre o alcance quando necessário e consegue reduzir os erros que podem ocorrer em alguma etapa do processo logístico. 

9 passos para implementar a etiqueta RFID na sua empresa

Para começar, toda mudança exige muito esforço e planejamento e com a etiqueta RFID isso não seria diferente. O ideal é fazer a mudança de forma gradual e com preparação de toda a equipe para que haja a menor quantidade de problemas. Separamos alguns passos para te guiar:

  1. Visão executiva: é preciso avaliar a necessidade e viabilidade da mudança de um sistema para outro antes de começar. Toda essa avaliação deve ser fundamentada com dados que comprovem a real necessidade e validem a mudança.
  1. Análise e desenhe os processos: já que a implementação da etiqueta RFID é uma melhoria de processos, é preciso desenhá-lo muito bem para que seja uma mudança de sucesso. Para isso, envolva as diversas áreas da sua empresa: gestão, TI, manutenção, usuários finais, entre outras para mapear todos os fluxos onde a etiqueta pode ser aplicada e como será aplicada. 
  1. Prepare a documentação: é essencial organizar bem os documentos e requisitos necessários para a mudança. Para isso redija um documento especificando tudo o que será realizado no processo de mudança, como: softwares, hardwares, middlewares, preocupações regulatórias, segurança, proteção, manutenção e claro, as etiquetas RFID. Esse documento também é importante para mapear todos os gastos envolvidos.
  1. Análise do local: importante para planejar a instalação das antenas e a possível interferência de agentes externos que podem sofrer, para assim determinar a melhor arquitetura de rede.
  1. Combine tecnologias: escolha, desenvolva e aplique outra tecnologia para o caso de uma delas falhar ou caso haja uma necessidade específica para parte do processo.
  1. Escolha a melhor opção de etiqueta RFID: como já vimos, elas existem de várias formas. Por isso, escolha a que se aplique melhor ao seu projeto.
  1. Dados onboard: a partir da sua escolha de etiquetas, escolha a melhor forma para a coleta, armazenamento e geração de dados.
  1. Invista no cabeamento: invista em um bom projeto de instalação de cabeamentos para garantir um bom desempenho e evitar interferências.
  1. Integração: feito tudo isso, chegou a hora de integrar todos os sistemas e usufruir do seu investimento!

Se ainda tiver alguma dúvida sobre etiqueta RFID, entre em contato com a Light Print. Somos especialistas! Desenvolvemos etiquetas e rótulos com a mais avançada tecnologia, garantindo a qualidade e eficiência que você e sua empresa precisam. Sem contar que estamos à disposição para sanar todas as suas dúvidas!

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